No Brasil o Rito
Adonhiramita foi introduzido regularmente em 1801 com a fundação da Loja Reunião
e consolidada em 15 de novembro de 1815, data da fundação da Loja Comercio e
Arte, por Maçons obedientes ao Grande Oriente Lusitano. Foi portanto, o
primeiro Rito a desenvolver-se regular e continuadamente no Brasil onde foi e é
praticado, ininterruptamente, até os dias de hoje.
A Instalação definitiva da
Loja Comercio de Artes, ocorreu no dia 2 de junho de 1821. Nesta mesma data, os
seus Obreiros, preocupados com a criação de uma entidade maçônica de caráter
nacional, cogitaram desmembrá-la para fundarem mais duas Lojas: a Esperança de
Niterói e a União e Tranqüilidade.
Compondo, destarte, um quadro de três
Oficinas - Base, àqueles Irmãos estavam preparando as condições propícias
para o nascimento do grande oriente brasílico que seria o baluarte de nossa
Independência, de que foi artífice e fiadora a Maçonaria Adonhiramita,
embora, as duas Lojas filhas só seriam fundadas quando da criação do Grande
Oriente, em 1822, quando adotaram o Rito Moderno por ser o Rito adotado pelo
Grande Oriente de França.
Até 1873, o Grande Oriente do Brasil manteve o governo não só dos graus simbólicos
como também dos que compunham os Corpos Filosóficos. Nesse ano o GOB abriu mão
dos graus Filosóficos, transferindo-os à jurisdição de um Alto Conselho para
cada Rito. Assim, o Decreto nº 21 do GOB, de 24 de abril de 1873, cria, para o
Rito Adonhiramita, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas que, acrescido de
mais um grau, o de cavaleiro Noaquita ou PRUSSIANO, se transforma em sua Grande
Oficina-Chefe a quem coube o governo dos graus Filosóficos (do 4º ao 13º).
É interessante observar que até a promulgação da Constituição de 1951, o
Grande Oriente do Brasil, embora tenha criado as Oficinas-Chefe para cada Rito,
não cedeu os seus governos e o Grão Mestre era também o Grande Comendador, o
Grande Primaz e o Grande Inspetor das Oficinas-Chefe.
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