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Origem |
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O Rito Adonhiramita teve sua origem na crença
dos franceses de que o principal construtor do Templo do Rei Salomão tenha
sido Adonhinam e não Hiram Abif. Os adeptos dessa teoria eram chamados de
Adonhiramitas e foi através de um desses maçons, que se chamava Luiz
Guillemain de Saint Victor, que em 1781 publicou um livro intitulado
Recueil Precieux de La Maçonnerie Adonhiramite (Compilação Preciosa da
Maçonaria Adonhiramita), onde constava um pequeno histórico e o resumo de
4 graus desse Rito.
Em 1787, ele publicou o segundo volume contendo mais 8
graus, que foi modificado pelo americanoArthur Eduard Waite. Apesar de sua
prática ter sido abolida na Europa, no Brasil onde foi introduzido em 1815
permanecendo até hoje, tendo seu poder central localizado em nosso
país.
Com a reabertura do Grande Oriente em 1930/31,
dividido em dois troncos, Grande Oriente Brasileiro (do Passeio) e Grande
Oriente do Brasil, nenhuma loja adotou o Rito. Só em 1837, foi
reintroduzido quando foi fundada a Loja Sabedoria e Beneficência de Niterói,
regularizada a 16 de janeiro de 1838, na jurisdição do Grande
Oriente do Brasil. A segunda loja a adotá-lo, fundada em 1839, foi a
Firmeza e União.
Em 1863, com a dissidência e criação do Grande
Oriente Beneditino por Saldanha Marinho, o Rito Adonhiramita teve um
surpreendente progresso com a fundação de muitas lojas que o
adotaram.
Fundado em 2 de junho de 1973, o Excelso Conselho da
Maçonaria Adonhiramita, é dirigido pelo Magnífico Patriarca Regente que
administra os altos graus desse Rito, enquanto os graus simbólicos são
administrados pelo Grande Oriente do Brasil.
O atual ritual surgiu em 1989 da tradução do Irmão
Rômulo de Araújo Lima da Loja Gilvam Barbosa de Campina Grande, estado da
Paraíba.
A ritualística do Rito Adonhiramita é, sem dúvida,
uma das mais belas entre os diversos ritos praticados no Brasil.
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Adonhiram |
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Não podemos
falar no Rito Adonhiramita sem antes falarmos sobre Adonhiram, pois sem dúvida
alguma tal Rito está ligado a este personagem e a sua lenda. Adonhiram é o
nome do personagem mais importante encontrado nas Lendas da Ordem Maçônica.
Há quem admita ser Adonhiram um cognome do próprio Hiram, mas nem a Bíblia,
nem os Rituais admitem a confusão, embora ela exista, pois Cassard, grande
estudioso maçônico distingue na maioria de seus escritos o seguinte:
“A verdadeira palavra é HIRAM ou ADONHIRAM, composta do pronome ADON (Dominus)
que os Hebreus usam freqüentemente quando falam de Deus. Este pronome agregado
a palavra HIRAM, faz-se ADON/HIRAM, que significa: HIRAM o consagrado ao Senhor;
o bom Senhor ou o Divino Hiram, donde adveio o título de “MAÇONARIA ADONHIRAMITA”.
Relativo a controvérsia existente entre vários autores, ficamos com a versão
do Amado Irmão DEMÓSTENES relativo a figura central da Lenda: “A explicação
que hoje se dá sobre ADONHIRAM, como sendo a fusão de ADON (que significa
Senhor) e HIRAM, o arquiteto, parece-nos apenas uma fórmula de conciliação
com os demais Ritos, onde este personagem é a figura central da Lenda do
Terceiro Grau.
Tal explicação foi a fórmula encontrada para que o Rito não
fosse tido como irregular e, por isso, viesse a ser banido da prática nas
diversas Obediências. Ao longo dos anos essa interpretação acabou sendo
aceita, e nem sequer é contestada.
A verdade, porém, é que ADONHIRAM não é HIRAM e o Rito jamais abriu mão
dessa verdade, inclusive porque nunca a renegou.
É importante lembrar que HIRAM, o filho da viúva, era o arquiteto, o homem que
cuidava dos projetos dos cálculos e a quem cabia apenas a orientação e
fiscalização da obra.
Já ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operários,
selecionava-os, dividia-os, segundo suas capacidades ou necessidades da obra e,
por certo, também lhes pagava o salário, até porque era o Tesoureiro de Salomão.
Diante disso, é mais provável que eventuais divergências com os operários
tivessem lugar com ADONHIRAM e não com HIRAM, coisa que os Mestres Maçons
podem entender facilmente, em função de seu conhecimento da Lenda do Terceiro
Grau”.
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O Rito no Brasil |
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No Brasil o Rito
Adonhiramita foi introduzido regularmente em 1801 com a fundação da Loja Reunião
e consolidada em 15 de novembro de 1815, data da fundação da Loja Comercio e
Arte, por Maçons obedientes ao Grande Oriente Lusitano. Foi portanto, o
primeiro Rito a desenvolver-se regular e continuadamente no Brasil onde foi e é
praticado, ininterruptamente, até os dias de hoje.
A Instalação definitiva da
Loja Comercio de Artes, ocorreu no dia 2 de junho de 1821. Nesta mesma data, os
seus Obreiros, preocupados com a criação de uma entidade maçônica de caráter
nacional, cogitaram desmembrá-la para fundarem mais duas Lojas: a Esperança de
Niterói e a União e Tranqüilidade.
Compondo, destarte, um quadro de três
Oficinas - Base, àqueles Irmãos estavam preparando as condições propícias
para o nascimento do grande oriente brasílico que seria o baluarte de nossa
Independência, de que foi artífice e fiadora a Maçonaria Adonhiramita,
embora, as duas Lojas filhas só seriam fundadas quando da criação do Grande
Oriente, em 1822, quando adotaram o Rito Moderno por ser o Rito adotado pelo
Grande Oriente de França.
Até 1873, o Grande Oriente do Brasil manteve o governo não só dos graus simbólicos
como também dos que compunham os Corpos Filosóficos. Nesse ano o GOB abriu mão
dos graus Filosóficos, transferindo-os à jurisdição de um Alto Conselho para
cada Rito. Assim, o Decreto nº 21 do GOB, de 24 de abril de 1873, cria, para o
Rito Adonhiramita, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas que, acrescido de
mais um grau, o de cavaleiro Noaquita ou PRUSSIANO, se transforma em sua Grande
Oficina-Chefe a quem coube o governo dos graus Filosóficos (do 4º ao 13º).
É interessante observar que até a promulgação da Constituição de 1951, o
Grande Oriente do Brasil, embora tenha criado as Oficinas-Chefe para cada Rito,
não cedeu os seus governos e o Grão Mestre era também o Grande Comendador, o
Grande Primaz e o Grande Inspetor das Oficinas-Chefe.
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Juramento |
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Neste Rito, no momento
em que o Profano vai prestar o Juramento, bebe o gole da Taça Sagrada.
"Juro guardar silêncio mais
profundo sobres todas as provas a que for exposta minha coragem. Se eu
for perjuro e trair meus deveres.. consinto que a doçura desta bebida
se converta em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno."
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Hierarquia |
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- Primeiro grau: APRENDIZ;
- Segundo grau: COMPANHEIRO;
- Terceiro grau: MESTRE;
- Quarto grau: MESTRE PERFEITO;
- Quinto grau: PRIMEIRO ELEITO ou ELEITO DOS NOVE;
- Sexto grau: SEGUNDO ELEITO ou ELEITO DE
PERIGNAM;
- Sétimo grau: TERCEIRO ELEITO ou ELEITO DOS QUINZE;
- Oitavo grau: APRENDIZ ESCOCÊS ou PEQUENO ARQUITETO;
- Nono grau: COMPANHEIRO ESCOCÊS ou GRANDE ARQUITETO;
- Décimo grau: MESTRE ESCOCÊS;
- Undécimo grau: CAVALEIRO DA ESPADA ou CAVALEIRO DO OCIDENTE ou DA ÁGUIA;
- Duodécimo grau: CAVALEIRO ROSA CRUZ.
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Dos
Tratados Internacionais |
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Na área
internacional, o Sublime Grande Capítulo Adonhiramita do Brasil firmou tratado
de amizade e aliança com o Grande Oriente Italiano – Obediência Piazza del
Gesu;
Assinou tratado
de mutuo reconhecimento e amizade com o Supremo Conselho do 33° e último grau
do rito Escocês Antigo e Aceito da Itália;
E com a Soberana
Ordem dos Cavaleiros de são Bernardo de Clairuaux do Principado de Seborga
assinou tratado de mútuo reconhecimento.
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A Administração da Loja |
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- 1° 2° Expertos,
- 1° e 2° Vigilantes,
- Arquiteto,
- Bibliotecário,
- Chanceler,
- Cobridor Interno e Externo,
- Hospitaleiro,
- Mestre de Banquete,
- Mestre de Cerimônia,
- Mestre de Harmonia,
- Orador,
- Porta Bandeira,
- Porta Estandarte,
- Secretário,
- Tesoureiro,
- Venerável
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