Eleito o Reto Caminho da Verdade e da Virtude, lhe abre
novamente a senda do Oriente, até que chegue diante da área, aonde tem que
dobrar o joelho esquerdo, significando com ele o domínio adquirido sobre seus
instintos e paixões conservando a direita em esquadro, como prova de retidão e
firmeza de sua Vontade, para tomar somente a obrigação inseparável deste grau,
na que permanece segundo a cumpre.
A primeira obrigação do Companheiro é um grau maior de
discrição, do que se exigiu ao Aprendiz: não deve o Iniciado do Segundo Grau
calar-se unicamente em presença dos profanos sobre os Mistérios da Ordem, senão
que deve cuidar de não revelar aos Aprendizes o que não lhes pertence conhecer.
Quer dizer, que não deve falar aos iniciados que se encontram em seus primeiros
esforços, de coisas que não podem compreender e suportar e que, por conseguinte,
melhor que proveitosas, lhes seriam inúteis e daninhas: "os lábios da Sabedoria
devem permanecer mudos a não ser para os ouvidos da compreensão", proporcionando
o Iniciado suas palavras a exata medida do entendimento de quem os ouve.
A segunda e terceira se referem a seus deveres para com a Ordem
e seus Irmãos, dos quais promete ser fiel e leal companheiro,
defendendo-os, socorrendo-os e livrando-os, quando estiver em seu poder, de todo
perigo que os ameace.
A quarta e a quinta são seus deveres de Maçom para consigo
mesmo: esforça-se constantemente sobre a Senda da Verdade e da Virtude,
servindo-se dos instrumentos dos quais aprendeu o uso, e mantendo-se fiel
ao Ideal mais elevado de sua consciência.
A disciplina do silêncio que lhe exige, a semelhança dos
pitagóricos, com os quais tem o iniciado deste grau especial parentesco, o fará
exercitar-se mais proveitosamente no estudo e na reflexão, progredindo na Lógica
que entre as sete artes, o Companheiro especialmente deve conhecer,
exercitando-se alem disso, por meio da mesma, na Aritmética e na Geometria.
O grau maior de fidelidade à Ordem que lhe exige um melhor e
mais profundo conhecimento de seu caráter e finalidades, o farão na mesma um
Obreiro útil, verdadeiro companheiro de seus iguais e Mestres, confirmando com
um propósito mais definido e uma maior habilidade sua boa vontade de Aprendiz, e
cooperando com eles na Grande Obra de Construção Universal que constitui o
objeto social da Instituição.
Finalmente, seus esforços constantes para o Bem e sua
fidelidade ao Ideal, com aquela firmeza e perseverança que o diferenciam do
Aprendiz, são as qualidades que farão evidente a parte mais nobre e elevada de
seu ser, fazendo brilhar sua própria luz interior, a chispa Divina que
constitui sua Mônada Imortal, franqueando-se progressivamente o Caminho do
Magistério.
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