Maçonaria Operativa – Neste período, as Lojas, as
organizações dos pedreiros (freemasons) usavam pergaminhos legais,
conhecidos como “Old Charges”- “Antigos Deveres”, baseando neles seus
Regulamentos Gerais. Os “Old Charges” faziam referência às Lojas e aos Regulamentos, Deveres, Segredos e
Usos da Fraternidade.
São documentos que provam a existência de uma Maçonaria organizada, antes da fundação da
Grande Loja da Inglaterra, em 1717.
Entre esses documentos, os mais antigos são: o Poema Regius e o Manuscrito Cooke.
O Poema Regius, foi encontrado na Biblioteca do Museu Britânico de
Dnodes, em 1839,
pelo antiquário
James Orchard Halliwell. Por ter publicado seu conteúdo, pela primeira
vez, esse documento ficou conhecido como o Manuscrito Halliwell. Dentro da Ordem, os historiadores preferem
chamá-lo de Manuscrito Régio,título mais compatível com sua importância e dignidade.
O Manuscrito Régio ou Poema
Regius é composto de 294 versos duplos. Neles, encontramos uma
história lendária da Arquitetura (Maçonaria), de vários artigos, de uma
Ordenação concernente as futuras assembléias, do Ars Quatuor Coronatorum,
de uma série de lendas sobre a Torre de Babel, Nabucodonosor, Euclídes e
seu ensinamento, e finalmente, de regras para o bom comportamento na
igreja e para o cerimonial.
O Manuscrito Cooke, ficou assim
conhecido, porque o maçom Matthew J. Cooke, foi o primeiro a divulgá-lo.
Sua publicação foi feita em Londres, em 186l.
A caligrafia usada é bem
semelhante à do século XV. Alguns historiadores o situam na primeira
metade desse século. É possível acreditar que tenha sido usado em
Assembléias de Maçons como compêndio de história tradicional e das leis da Fraternidade.
O Manuscrito é todo escrito em
prosa. Contém imensas citações de célebres autores, narra as origens da
Fraternidade, tendo como locais o Egito e a Judéia. Encontramos também,
prescrições relativas à assembléia, instruções para novas
admissões, referência à jurisdição do xerife e uma declaração de que
a assembléia foi fundada, afim de que humilde e elevado, sejam bem
servidos nesta arte, por toda a Inglaterra.
George Payne, primeiro
Grão-Mestre, da Grande Loja, sonhava com uma Maçonaria Moderna. Sua
preocupação era dotar o novo organismo, de um corpo de leis que pudessem regulamentar sua vida.
Em 1720, compilou os Regulamentos Gerais, baseado nesses antigos documentos, dando à Ordem,
a forma de um governo maçônico.
Em seguida, encarregou o Rev. James Anderson para comparar as Ordenações Gerais promulgadas
pela Grande Loja, com os antigos documentos e costumes primitivos da confraria, dando sua expressão definitiva.
Em dezembro de 1721, seu trabalho é examinado e revisado por uma comissão que, em março de
1722, apresenta seu relatório conclusivo aos delegados das Oficinas para o
encaminhamento, preparação e aprovação em assembléia, ocorrida em 17 de janeiro de 1723.
Este documento, conhecido como “Constituições de Anderson”, representa a carta fundamental e a
única base legal autêntica da Maçonaria.
Na primeira parte das Constituições de Anderson, foram publicados os Antigos Deveres de um
Maçom, contendo seis artigos e seis parágrafos.
Na segunda parte, vamos
encontrar os Regulamentos Gerais, composto de 39 regras , das tradições, hábitos, usos e costumes.
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