Cadeia de União I - Efeitos à distância
A título de
relembrar os Irmãos, enfocaremos inicialmente alguns tópicos abordados
em artigos anteriores. A Cadeia de União teria sua origem na Maçonaria
Operativa, onde os profissionais da construção, os canteiros que eram,
pedreiros talhadores de pedra, usavam uma corrente de ferro para
delimitar a área de construção.
Eles fincavam em
torno destas construções estacas de madeira, as quais eram inseridas
em cada elo da corrente.
Na entrada desta
área, era deixada uma abertura através de dois postes de madeira. A área
delimitada geralmente tinha a forma retangular.
No Rito de
Schroeder ou Alemão, a Cadeia de União é obrigatória no final de
cada Sessão. Ela é usada nos demais ritos, menos no Rito de Emulação
ou de York (Inglês), que ignora esta prática. No Rito de Schroeder,
ela é feita com os Irmãos dando-se as mãos naturalmente. Nos demais
ritos, os Irmãos cruzam os antebraços, o direito sobre o esquerdo, e dão-se
as mãos.
Esta prática foi
introduzida na Maçonaria única e exclusivamente para a transmissão da
Palavra Semestral.
Entretanto, os
introdutores deste procedimento maçônico não poderiam imaginar que
hoje, em pleno final do século XX, a Cadeia de União, através dos
enxertos ritualísticos, criasse novos usos.
Interessante notar
que a criação transcendeu aos criadores. As atuais finalidades da
Cadeia de União são, além da transmissão da Palavra Semestral, orações
em corrente para Irmãos ou parentes enfermos, em favor das almas de Irmãos
falecidos, ou quando dois Irmãos estão em desavença, e também ela é
usada em Sessões fúnebres.
Parece que uma das
finalidades atuais da Cadeia de União sobrepuja às demais. Não nos
importa se ela, do ponto de vista de raízes da Maçonaria, seja apenas
um enxerto a mais. Afinal, o Rito Escocês Antigo e Aceito, em especial
aqui no Brasil, é o maior depositário de enxertos, invenções e
compilações que se conhece no mundo da Maçonaria.
Vamos conceituar o
nosso ponto de vista e relacioná-lo com o que ainda chamamos de
paranormalidade, pois acreditamos que dentro em breve será considerado
como absolutamente normal.
Os Irmãos, quando vão para as Sessões semanais de suas Lojas, durante
as horas que precedem o início das mesmas, já terão a mente aberta e
preparada e estarão firmes com o propósito de assistir as referidas
Sessões. Entram em Loja, a qual é aberta dentro de um ritmo
determinado pelo ritual, iluminação pouco intensa, e é invocado o
nome de Deus. Se o condutor dos trabalhos o fizer de maneira bastante
ordenada, com boa dicção, e os Irmãos estiverem entre si em boa
harmonia, não resta a menor dúvida que cada Irmão entrará em um
relaxamento e muitos, em ondas alpha. Cada um tornar-se-á uma pilha psíquica
que se carregará de uma energia mais ou menos uniforme. Dentro de uma
hora de Sessão, as mentes dos Irmãos deverão estar vibrando num mesmo
cumprimento de ondas e todos voltados para uma mesma finalidade, com a
mesma identidade de pensamento, mesmo que haja alguma opinião em contrário.
Afinal, a Maçonaria adota a Dialética, que é a arte de dizer e
contraditar para se chegar a uma verdade. E esta forma democrática que
cada Irmão tem para expressar a sua maneira independe de pensar, não
influi na vibração de uma Sessão maçônica.
As ondas Alpha
emitidas pelo cérebro foram descobertas pelo médico alemão Hans
Berger, em 1924, quando ele estudava o fenômeno da telepatia em um
paciente paranormal, vibrando o cérebro neste comprimento de onda em 7
a 12 hertz por segundo.
Nesta situação, o indivíduo estará bastante relaxado, porém
bastante lúcido, alerta, predominando o pensamento lógico e
intelectual, quando haverá urna série de condições mentais que o
colocam num estado de consciência bastante elevado, ou seja, o ideal
para se produzirem fenômenos parapsicológicos.
Se no final da
Sessão for realizada uma Cadeia de União, a qual é executada
formando-se um círculo fechado, formar-se-á uma bateria. Adiantaríamos
ainda mais, uma verdadeira usina ou central de energia psíquica, muito
poderosa.
Esta energia poderá,
tal qual o jato de água saído de urna torneira, ser regulada e
direcionada para um determinado fim. Geralmente as Cadeias de União são
feitas em intenção a algum Irmão enfermo.
Ressaltamos que,
pelo conhecimento que ternos dos resultados da ação desta força, ela
poderá agir mental ou fisicamente.
Se ela pode
incidir sobre um enfermo, é óbvio que tendo o comando mental dos Irmãos
que a estão emitindo, ela poderá ser usada também em um leque de opções
bastante abrangente. Digamos que uma delas seria em prol da paz mundial,
por exemplo.
Imaginem,
sabendo-se que só no Brasil temos cerca de 5.000 Lojas maçônicas. Se
cada Loja executar este procedimento ritualístico, no final de cada
Sessão, conforme se pratica no Rito Alemão e com uma finalidade nobre,
temos a absoluta certeza de que alguma coisa boa, em algum lugar, irá
ocorrer.
Um estranho fenômeno
ocorre todos os anos numa cidade da França, onde os praticantes da
Meditação Transcendental se reúnem anualmente. Lá, são recebidos
como sinal de bom agouro, porque todos os anos, durante estas reuniões,
a criminalidade diminui, as pessoas ficam mais calmas e alegres e sempre
algo de bom acontece.
Em Florianópolis
aconteceu um fato digno de ser mencionado e que nos foi relatado por Irmãos
daquela cidade. Um Irmão politraumatizado por um acidente automobilístico,
na UTI, em coma profundo assistido por médicos maçons, a partir da
hora em que lhe canalizaram os efeitos mentais de uma Cadeia de União,
começou a recobrar os sentidos e acabou ficando curado. Simples coincidência?
Atualmente freqüenta sua Loja normalmente.
Encaixaria nesta
situação uma das máximas dos ocultistas: “o visível é a manifestação
do invisível”. Temos Irmãos por este Brasil a fora que aceitam esta
afirmação com muita convicção. Entretanto, a corrente dos maçons
ditos “autênticos”, que melhor deveriam ser chamados de
documentais, se opõem em idéias à corrente dos “místicos”, não
aceitando estes conceitos.
No caso do Irmão
em coma, seu cérebro estava em nível mental chamado Delta. Do ponto de
vista elétrico, pode-se chegar de duas maneiras a este comprimento de
onda: através do coma profundo, ou então através de exercícios
mentais especiais, de maneira lúcida, isto é, sem perder os sentidos.
Em ambos os casos, desaparecem os bloqueios entre consciente e
inconsciente. No estado em que se encontrava o referido Irmão, foi até
mais fácil seu cérebro receber as emanações oriundas das concentrações
cerebrais dos Irmãos, justamente pela ausência destas barreiras.
Este mesmo
procedimento tem sido usado pelas chamadas correntes de orações, que
as denominações cristãos muito têm favorecido tantos enfermos.
Então poder-se-ia
perguntar se quem participa de uma Cadeia de União com esta finalidade
estaria praticando procedimentos religiosos dentro de nossos Templos?
Ledo engano. As religiões que assim procedem estão apenas se
utilizando de um processo mental já conhecido há milhares de anos, ou
seja, da energia psíquica que lhe dão os mais variados nomes e as mais
diferentes explicações. No entanto, sabemos que a mente humana é uma
fonte infinita de energia cósmica e esta independe das religiões.
Alguns Irmãos, de
algumas denominações cristãs evangélicas, por uma questão de princípios
religiosos, se recusam a participar da Cadeia de União, alegando que a
mesma não poderá ser usada como se estivessem os Irmãos orando, já
que as orações para este fim somente poderão ser proferidas dentro de
seus templos. Questão de ponto de vista e de fé. Não entraremos em
debate quando existir fé na polêmica, porque respeitamos a maneira de
pensar de todos os nossos Irmãos.
Parece que os Irmãos,
de um modo geral, gostam de participar de uma Cadeia de União em favor
de algum enfermo, mas quando se trata de comentar seus efeitos, seus
resultados, eles emudecem. Preferem não comentar. Apenas alguns ousam.
Em todo o nosso
trabalho, fizemos questão de evidenciar uma energia que todos nós
temos, sem a necessidade de sermos paranormais e que, quando somada à
dos demais Irmãos, ela se toma muito poderosa e que esta bateria psíquica
não é apanágio das religiões. Trata-se apenas de um dom que o Grande
Arquiteto do Universo deu a cada ser humano. Resta somente sabermos usá-la
sempre para o bem.
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Schroeder ou Alemão, a Cadeia de União é obrigatória no final de
cada Sessão. Ela é usada nos demais ritos, menos no Rito de Emulação
ou de York (Inglês), que ignora esta prática. »
Ir.·. Hercule Spoladore
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