O Trampolim surgiu há centenas de anos. Embora não seja
possível precisar exatamente a sua origem, sabe-se que durante a Idade Média
havia alguns precursores: os acrobatas de circo, que utilizavam tábuas
flexíveis nas suas apresentações; e os trapezistas, que realizavam novos
saltos a partir do impulso da rede de segurança.
No entanto, o Trampolim como esporte foi criado apenas em 1936 por George
Nissen. Em pouco tempo, foi introduzido como modalidade esportiva nos
programas de educação física em escolas, universidades e treinamentos
militares. Recentemente o Trampolim virou moda nas academias de ginástica de
todo o mundo.
Londres sediou em 1964 e 1965 as primeiras competições internacionais da
modalidade. A partir dessa época, mais de 54 países já disputaram os
Campeonatos Mundiais, realizados a cada dois anos.
O Trampolim chegou ao Brasil em 1975, trazido pelo professor José Martins de
Oliveira Filho. Os campeonatos regionais e nacionais logo se popularizaram.
Em 1990, na Alemanha, o Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato
Mundial. Desde então, o país vem, a cada campeonato mundial, aumentando a
sua participação e conquistando destacadas posições.
Em 1997, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou a inclusão do
Trampolim como modalidade olímpica. Assim, o esporte participou pela
primeira vez de Jogos Olímpicos em Sidney, Austrália (2000).
Provas:
Essa modalidade da ginástica é dividida em 4 provas,
sendo:
• Trampolim Individual: É a categoria mais popular e a única olímpica. O
aparelho no qual são executados os movimentos mede 5m x 3m x 1,15m e é
conhecido pelo público em geral como “cama elástica”. O ginasta adquire
altura – cerca de 5 a 6 metros – e estabilidade com saltos preliminares. Ele
então inicia a execução de 20 elementos técnicos, sem interrupções,
divididos em duas séries de 10 na preliminar e na final executa outra série
de 10 elementos que pode ser igual a uma das séries da preliminar.
• Trampolim Sincronizado: Esta prova tem as mesmas características que o
Trampolim Individual, porém é realizada com dois ginastas saltando
simultaneamente em trampolins diferentes posicionados paralelamente a uma
distância de 2m.
• Duplo Mini-Trampolim: É um aparelho de proporções menores no qual o
ginasta executa uma corrida antes dos elementos técnicos. Após a corrida, o
ginasta faz a aproximação e salta no aparelho, executando quatro passadas
com dois elementos técnicos diferentes, sendo duas passadas na preliminar e
duas passadas na final. Todas as passadas devem ser diferentes.
• Tumbling: Esta prova é executada numa pista de 26m, na qual o ginasta
executa quatro passadas com oito elementos acrobáticos em cada passada,
sendo duas passadas na preliminar e duas passadas na final. O ginasta deve
manter o ritmo durante toda a execução.
Arbitragem:
São avaliados os seguintes critérios:
• Execução técnica: são cinco árbitros, exceto para o Trampolim
Sincronizado com quatro árbitros, que fazem esta avaliação, onde o ginasta
parte da nota 10 e sofre deduções conforme a qualidade técnica dos
movimentos. Para chegar-se à nota de execução, elimina-se a maior e menor
nota e somam-se as três restantes.
• Dificuldade dos elementos: são dois árbitros que fazem esta avaliação.
Cada elemento tem seu valor de dificuldade e o valor final será de acordo
com o apresentado para cada prova.
• Sincronizado: este critério é apenas para o Trampolim Sincronizado, no
qual três árbitros avaliam o sincronismo dos ginastas. Para chegar-se à nota
de sincronismo, elimina-se a maior e a menor nota e multiplica-se por dois a
nota restante.
A nota final do ginasta é a soma de todos os critérios.