A luta de espada existe como
esporte desde o antigo Egito. E tem sido praticada de várias maneiras e por
diferentes culturas desde então.
Ainda que os torneios e combates de espada tenham sido um esporte popular na
Europa da Idade Média, a esgrima moderna deve mais aos duelos realizados no séc.
XVI sem as pesadas armaduras dos cavaleiros medievais.
As espadas eram usadas por
civis para auto defesa e duelos. A lâmina dessas espadas tinha fio (cortava em
golpes dados de lado) mas o princípio básico do ataque era usar a ponta para
ferir o adversário.
A esgrima se limita nessa época da Itália até a Espanha e noroeste da Europa por
objeção de mestres como George Silver, que preferiam as armas tradicionais de
corte como a espada longa Inglesa.
A escola Espanhola, sob mestres
como Narvaez e Thibault, se tornou complicada e mística, e suas teorias
geométricas requeriam muita prática para se dominar.
Mestres Italianos como Agrippa e Capo Ferro, desenvolveram uma escola mais
prática no final do séc. XVI, introduzindo inovações como a esgrima em linha e a
medida.
A partir do séc. XVIII a espada
evoluiu para um design mais simples, curto e leve, que se popularizou na França
como "Espada de Côrte" ou "Espada pequena". Embora essa espada possuísse fio,
ele era mais usado para impedir que o adversário agarrasse a lâmina com as mãos,
os golpes eram dados somente de ponta. A leveza da arma foi um dos fatores que
ajudou no surgimento um estilo mais complexo e defensivo. Mestres franceses
desenvolveram uma escola baseada na sutileza do movimento, contra-tempo e nos
ataques compostos.
A espada usada para treino possuía uma ponta de segurança feita de couro no
formato de uma flor presa á ponta, e ficou conhecida como "Le fleuret", e era
idêntica no uso ao florete moderno, conhecido ainda como Fleuret em francês.
Certamente a escola Francesa é a base da maioria das teorias modernas da esgrima
moderna.
A
partir da metade do séc. XIX o duelo como meio de
resolver disputas entra em declínio, principalmente
porque a vitória poderia conduzir o duelista á
cadeia. A ênfase nos duelos é deslocada a derrotar
o oponente sem necessariamente matá-lo. As formas
de duelos menos fatais evoluíram usando a espada de
duelo. Alguns duelos acabavam em ferimentos graves
nos braços e nas pernas, além de complicações
legais para os participantes.
Esta
é a base da Espada moderna.
Os
duelos praticamente desapareceram após a I Guerra
Mundial. Mas há registros de duelos realizados para
resolver disputas levantadas durante a olimpíada de
1920. Desde então houveram relatórios raros de
duelos de espada. Em outubro de 1997 o prefeito de
Calábria, na Itália, desafiou publicamente
mafiosos locais a um duelo.
A
esgrima está presente nas olimpíadas desde os
primeiros jogos olímpicos modernos, em 1896, mas
somente florete e sabre para homens. A espada foi
introduzida em 1900. A espada elétrica foi
introduzida nos jogos olímpicos de 1936, o florete
em 1956 e o sabre em 1988. Somente em 1913 foi
criada Federação Internacional de Esgrima.
Até pouco tempo
atrás a esgrima era o único esporte olímpico que
incluía atletas profissionais.
A introdução do
equipamento elétrico, e mais tarde eletrônico,
provocou grande mudança na maneira de se julgar e
jogar esgrima. Recentemente essas mudanças foram
notadas no sabre.
As mulheres estão
presentes nos jogos olímpicos desde 1924, com o
florete, e somente em 1996 na espada, apesar de
fazer parte dos campeonatos mundiais desde 1989. O
sabre feminino está fazendo sua primeira aparição
nos campeonatos mundiais a partir de 1998 como
demonstração.
A Esgrima no Brasil
A
partir da fundação da Confederação Brasileira de
Esgrima, em 05 de junho de 1927, se oficializaram as
competições no Brasil.
Antes desta data
a esgrima encontrava-se restrita aos quartéis e
casernas, praticada somente por militares.
O primeiro
campeonato brasileiro foi realizado em 1928, nas
armas de florete, espada e sabre somente masculino
categoria livre.
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