O
Caiaque nasceu na Groenlândia e existe desde tempos imemoriais, servindo
de veículo de pesca e trabalho aos esquimós. Caiaque significa na língua
local “Barco de Caçador”, e seu uso era permitido exclusivamente aos
homens, que empregavam ossos de baleia, peles e tripas de focas para a
construção dessa curiosa embarcação.
Os ossos flexíveis de baleia formavam a estrutura do engenho e nas
costuras da pele do revestimento usavam-se as tripas de foca. A
impermeabilização era obtida pela imersão do caiaque nas águas do mar,
ocasionando o seu encharcamento e funcionando assim como excelente
calafeto.
Para mantê-lo imune à penetração da
água, o recurso era muito
simples: bastava imergi-lo sempre que não era usado, daí a se constatar
que o fundo do mar foi a primeira “garagem” conhecida dos caiaques.
Posteriormente, na América do
Norte, surgiram as versões conhecidas como
“Canoas Canadenses”, embarcações feitas com troncos vazados. Na
concepção atual, a canoagem só
passou a ser usada como esporte durante a Guerra Civil Americana
(1861-1865) quando o advogado escocês,
John MacGregor construiu
a primeira canoa de competição e percorreu os rios da Inglaterra com seu Caiaque Rob Roy.
Ao
final da guerra, McGregor fundou em Londres o Clube Real de Canoagem, que
passou a promover várias competições atravessando rios e lagos
europeus.
A
canoagem apareceu pela primeira vez em uma Olimpíada em 1924 apenas como
exibição. Logo depois foi criada a Federação Internacional de
Canoagem, o que permitiu a entrada da modalidade oficialmente nos Jogos de
Berlim, na Alemanha, em 1936.
A
canoagem foi introduzida no Brasil na década de 70 pelo alemão José
Wingen que praticava o esporte no rio Rio Taquari, em Estrela, (RS). Em
1985, foi fundada a Associação Brasileira de Canoagem durante a I Volta
da Ilha de Vitória (ES). Mas só em 1989 surge a Confederação
Brasileira de Canoagem - CBCa, reconhecida pelo Comitê Olímpico
Brasileiro e com mais de 10 estados e clubes.
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