Normalmente
as pessoas que adquirem um cão não pensam que ele vai ficar velho. Sabem
que estão comprando um filhote que vai crescer, em geral sabem quando acaba
a infância e começa a vida adulta mas , normalmente não sabem quando começa
a velhice e nem estão preparados para ela.
A
idade adulta e a velhice na cão diferem de raça para raça, em geral as raças
de pequeno porte vivem mais que as de grande porte, mas a idade que o cão
atingirá também depende da criação e dos cuidados que recebeu durante a
vida. A vida de um cão dura entre dez e quinze anos em média, porém, o
volpino italiano (ou vulpino), raça ainda rara no Brasil, é conhecido por
ter uma maior expectativa de vida, cerca de 18 anos em média, podendo alcançar
mais se for bem cuidado desde a infância. Uma outra raça que, pode
facilmente alcançar uma idade avançada é o boiadeiro australiano que,
dizem, pode chegar até os 25 anos, sendo então a mais longeva das raças
caninas.
Nesta
fase o cão está mais sensível às variações de temperatura e não deve
ser exposto ao calor ou ao frio. Também se torna mais sensível
emocionalmente e fica estressado mais facilmente. Como acontece com os
humanos, o pelo pode ficar esbranquiçado com a idade e a pele mais frágil
e flexível pelo que o dono deve ter cuidado para evitar que o cão se
corte, pois nesta idade a recuperação do organismo também é mais lenta e
a uma diminuição no funcionamento do sistema imunológico o que pode
tornar perigosa uma inflamação.
Nesta
fase o cão também sente mais a necessidade de companhia da família, não
para brincar, mas para ficar perto, o dono deve dedicar mais atenção ao
seu cão nesta idade. Existem alguns problemas de saúde típicos da idade
avançada como a osteoporose, perda relativa da visão e do olfato. Além
destas existem outros problemas fisiológicos e de comportamento dos quais
trataremos aqui.
Entre
as perturbações do comportamento pode-se citar a "hiper-agressividade
do cão idoso" que consiste em um processo no qual o cão se torna cada
vez mais agressivo e pode chegar a morder sem motivo aparente, em 75% dos
casos o cão também se torna bulímico ( vomita tudo o que consome). O
tratamento deve ser feito com remédios prescritos por veterinários. Outro
problema de comportamento é a "depressão de involução" na qual
o cão parece perder seus comportamentos sociais, se torna sujo, engole
corpos estranhos e não responde mais aos comandos, sofre perturbações
durante o sono e uiva sem motivo. O tratamento, novamente é feito com
medicamentos. Há ainda uma doença, chamada de "distimia do cão
idoso" na qual o cão aparentemente não valia bem a sua largura e a
dos locais por onde pretende passar, pode ficar forçando a passagem por um
local muito estreito por horas e pode, inclusive, ficar preso e machucar-se.
Dentre
os problema fisiológicos estão os cardíacos. Poe haver dilatação do
coração ou problemas nas válvulas cardíacas. Pode ocorrer também a
insuficiência renal crônica que ocorre quando há a perda de 75% dos néfrons
dos rins, este é um problema sério e deve ser tratado o quanto antes.
Ocorrem também doenças ligadas ao tubo digestivo para o que uma ração própria
para a idade do cão é muito importante. Pode ocorrer acúmulo de tártaro
nos dentes o que pode levar a infecções nas gengivas, mau-hálito e perda
de dentes se não for retirado. Pode ocorrer também a "prisão de
ventre" mas este problema tende a ser evitado por uma alimentação
adequada.
Outros
problemas apesar de aparecerem em todas as idade se tornam mais freqüentes
no cão idoso como dermatites, problemas de visão e aparecimento de tumores
benignos e de câncer.
Abaixo,
falaremos um pouco de cada problema:
Mudanças
no pelo e na pele
Do
mesmo modo que os humanos, o cão idoso pode apresentar gradual
embranquecimento dos pelos, principalmente no focinho e ao redor dos olhos.
Seu pelo pode se tornar mais fininho e sem brilho, ainda que isto também
possa ser sintoma de doença ou deficiências nutricionais. Suplementos de
ácidos graxos podem auxiliar a restaurar um pouco do brilho original da
pelagem mas estas mudanças sempre devem ser acompanhadas por um veterinário.
Cães mais velhos podem necessitar de escovação mais freqüente, com atenção
especial ao abdômen e à área anal. Escovação é uma ótima maneira de se
ter um tempo gostoso com nossos velhos amigos caninos, que vão adorar esta
nova rotina. A escovação também é uma ótima maneira de se detectar
pequenos tumores na pela ou outros problemas e de ter a oportunidade para
poder apalpar o abdômen e as mamas em busca de qualquer alteração
suspeita.
A pele
dos cães mais idosos torna-se mais fina, menos elástica e mais propensa a
machucados. Alguns cães podem também desenvolver múltiplos tumores
benignos de pele (ou verrugas) que não devem ser removidos a não ser que
sejam alvo de machucados freqüentes. Tumores cancerosos também podem
ocorrer. Pele seca pode ser um problema para alguns cães idosos e ácidos
graxos podem ajudar a aliviar isto.
Calos
É
comum para cães idosos de raças maiores desenvolver calos em seus
cotovelos. Parte da razão para isto acontecer é a tendência dos cães
idosos de serem menos ativos e permanecerem mais tempo deitados,
especialmente se a superfície é dura. Providenciar uma cama macia,
almofadas ou um simples colchonete, pode diminuir o problema e os ossos de
seu amigo irão lhe agradecer. Cremes ou óleos amaciam a região.
Unhas
quebradiças
Assim
como vemos mudanças no pelo, as unhas mudam e tendem a tornar-se ressecadas
e quebradiças. Devem ser aparadas com cuidado e regularidade para prevenir
acidentes. Uma vez que estes cães fazem menos exercícios, também existem
menos oportunidades para um desgaste natural de suas unhas.
Decréscimo
na mobilidade
A
artrite é uma ocorrência bastante comum em cães idosos, especialmente em
cães de grande porte ou em cães com um espaço maior entre as patas
dianteiras e traseiras, como os Dachshunds and Bassets, raças com tendência
a doenças intervertebrais (do IV disco). Cães que tiveram acidentes ou
algum problema em suas articulações quando jovens também tem tendência a
desenvolver artrite quando envelhecem. Assim como nos humanos, a artrite
pode causar apenas um pequeno enrijecimento ou se tornar uma limitação
debilitante e terrivelmente dolorosa. Os cães podem ter dificuldades em
subir ou descer escadas, pular para dentro do carro ou mesmo erguer-se
rapidamente quando acordam.
Chondroitin
e glucosamina em doses específicas, como em Drs. Foster, Smith Joint Care e
Cosequin, podem ser de grande ajuda. Existe muita literatura veterinária e
humana sobre o uso destes medicamentos. Remédios anti-inflamatórios e para
a dor como aspirinas, iboprofen e outros, também são recomendados mas
podem causar gastrite e úlceras. JAMAIS administrá-los em jejum ou por
longo tempo.
Exatamente
como com os músculos humanos (if you do not use them, you lose them), os cães
idosos mais inativos tendem a perder tonicidade e massa muscular e isto pode
tornar seus movimentos mais difíceis e, assim, eles se movem menos, etc.:
um círculo vicioso se instala. O exercício moderado é importante:
caminhadas mais curtas e freqüentes, oportunidades para nadar sem stress e
por um tempo curto, ou outras rotinas semelhantes, devem ser pensadas para
manter os músculos em atividade mas sem lesionar ou extenuar o animal.
Rampas,
banquetas para manter seus pratos de comida e água numa altura confortável,
camas com colchonetes ortopédicos, roupa ou cobertor para mantê-los
aquecidos, etc., são coisas que auxiliam os cães idosos a manterem uma
maior qualidade de vida.
Doenças
dentais
A doença
dental é a mudança mais comum dos cães idosos. Pesquisas mostram que, aos
três anos, 80% dos cães mostram sintomas de doenças nas gengivas ou nos
dentes. Rotinas dentais como ter ossos verdadeiros e/ou de "couro"
para roer e até mesmo a escovação dental com escova apropriada, ajudam a
minimizar a doença dental, retardando ou mesmo prevenindo o surgimento de tártaro
e das cáries. Os cães que não recebem estes cuidados podem vir a
desenvolver problemas dentários a medida em que envelhecem e até
desenvolver complicações sérias. A limpeza do tártaro realizada com
regularidade pode estar indicada inclusive para atenuar ou evitar o mau-hálito.
A retirada de dentes cariados, quebrados ou com alguma doença periodental
pode trazer grande alívio ao animal. Faça check-ups periódicos em seu
amigo canino.
Redução
da mobilidade gastrointestinal (constipação)
`A
medida em que os cães envelhecem, o movimento da comida através do trato
digestivo torna-se mais lento. Isto pode resultar em constipação. Ela é
mais comum em cães que experimentam algum tipo de dor ao defecar, como
aqueles com displasia de quadril ou displasia da glândula anal. A
inatividade também contribui para a constipação. Este quadro pode também
ser sintoma de outras doenças, razão pela qual esta é uma indicação
para uma avaliação veterinária. Dietas com maior quantidade de fibras e,
eventualmente, laxativos, podem ser recomendados. Também é importante que
o cão disponha de água fresca à vontade.
Decréscimo
no sistema imunológico
Outra
decorrência do envelhecimento, o sistema imunológico já não funciona de
modo eficiente e o cão idoso está mais sujeito a desenvolver doenças
infecciosas e, nestes casos, a infecção se apresenta com mais gravidade do
que num cão jovem. É importante manter seu velho amigos com todas as
vacinas em dia. Infestações de pulgas, carrapatos e vermes devem ser
imediatamente combatidas.
Diminuição
da função cardíaca
À
medida em que o coração de seu amigo canino envelhece, ele perde um pouco
de sua eficiência e deixa de ser capaz de bombear a quantidade de sangue
necessária (num certo intervalo de tempo). As válvulas do coração perdem
um pouco de sua elasticidade e isto também contribui para uma diminuição
de sua eficiência de bombeamento. A válvula mitral é a que está mais
comumente envolvida nestes quadros, especialmente entre as raças pequenas.
Alguma mudança na função cardíaca é normal. Entretanto, as mudanças
mais severas podem ocorrer em cães que tiveram algum problema cardíaco
quando jovens, apresentam algum problema congênito ou, como nos humanos,
quando estão muito acima do peso adequado. Exames para um diagnóstico
correto, como radiografias, eletrocardiogramas (EKG) e ecocardiogramas devem
ser feitos. Vários medicamentos podem estar indicados, dependendo do tipo e
da gravidade de cada caso.
Diminuição
da capacidade pulmonar
Os
pulmões também perdem sua elasticidade durante o processo de
envelhecimento e a capacidade de oxigenar o sangue também pode estar diminuída.
Alguns problemas cardíacos podem fazer refluir líquidos para os pulmões
que, gradualmente, ocupam o espaço do ar tornando o cão ofegante e
facilmente cansável. Cães idosos também tem mais tendência a terem infecções
respiratórias.
Diminuição
da função renal
Com a
idade, os animais correm um maior risco de doenças renais. Isto pode ser
devido a mudanças no próprio rim ou como resultado da disfunção de
outros órgãos, como o coração - que se não estiver funcionando direito,
diminuirá o fluxo sanguíneo ao rim. A função renal renal pode ser
medida através de exames bioquímicos no sangue e análise de urina. Estes
testes podem identificar problemas antes de que sintomas físicos os
denunciem. O mais freqüente sinal de doença renal que pode ser observado
pelos donos é o aumento marcado no consumo de água e na eliminação de
urina, mas isso geralmente não ocorre até mais ou menos 70% da função
renal estar perdida.
Se os
rins não estiverem funcionando normalmente, dieta e medicamentos podem
auxiliar o cão idoso a eliminar os resíduos tóxicos produzidos pelo
funcionamento normal biológico.
Diminuição
da função do fígado
Apesar
de o fígado ser um órgão incrível e único na sua capacidade de regeneração,
envelhece do mesmo modo que os demais órgãos do corpo. Sua habilidade de
desintoxicar o sangue e de produzir numerosas enzimas e proteínas diminui
com a idade.
Algumas
vezes as enzimas podem estar aumentadas de forma anormal num animal
aparentemente normal e saudável. Outras vezes num animal com doença hepática
aparente, a análise das enzimas acusa um resultado normal. Isto,
naturalmente, dificulta bastante a interpretação destes testes.
E
porque o fígado metaboliza muitos medicamentos e anestésicos, a dose
destas drogas deve ser diminuída se a função hepática já não está
mais normal. Testes pré-anestésicos devem ser realizados para evitarem
problemas potenciais em caso da necessidade de alguma cirurgia.
Mudanças
na função glandular
Algumas
glândulas tendem a produzir menos hormônios à medida em que envelhecem,
outras, ao contrário, a produzir mais. Problemas hormonais são comuns em cães
idosos, e a propensão de criarem problemas está, com freqüência,
relacionada com a raça e ou a linhagem. Os Golden Retrievers, por exemplo,
tem uma tendência muito grande a desenvolverem hipotiroidismo. Exames de
sangue auxiliam a diagnosticar tais doenças, muitas das quais são tratáveis
com medicação humana.
Alargamento
da próstata
O
homem e o cachorro são os únicos animais a possuírem próstata. Quando um
macho, que não foi castrado, chega aos 8 anos de idade, ele tem 80% de
chances de desenvolver doenças da próstata mas estas raramente são
cancerosas. Na maioria dos casos a próstata apenas alarga-se. O alargamento
da próstata, entretanto, pode causar problemas para urinar ou defecar. Cães
machos idosos, especialmente os não-castrados, deveriam ter sua glândula
checada regularmente. O risco destas doenças é grandemente reduzido se o cão
é castrado.
Mudanças
nas glândulas mamárias
As fêmeas
podem desenvolver algum enrijecimento das glândulas mamárias, com a
idade, devido a infiltração de tecido fibroso. Câncer de mama, em fêmeas
não-castradas, é bastante comum, tanto quanto nos humanos. Isso acontece a
tal ponto que o câncer de mama é o tumor mais comum da fêmea idosa e também
o mais maligno. As fêmeas idosas devem ter suas mamas checadas pelo veterinário
regularmente e também por seus donos: basta virá-las de barriga para cima
e apalpar suavemente cada mama, em busca de nódulos duros, verrugas ou
outras alterações.
Medula
substituída por gordura
Acima
mencionamos a tendência dos cães idosos, assim como os humanos, de
acumularem mais gordura. Esta gordura também se infiltra na medula, que é
a responsável por criar as células vermelhas no sangue (que são as células
que carregam e distribuem o oxigênio no organismo), as células brancas
(que atacam as infecções, etc.) e as plaquetas (que auxiliam o sangue a
coagular). se a medula é substituída por gordura de modo exagerado, o cão
pode tornar-se anêmico. Esta é uma das razões pelas quais é recomendado
que os cães façam um exame completo de sangue como parte de seu check-up
anual.
Sistema
nervoso e mudanças comportamentais
À
medida em que os animais envelhecem, células nervosas morrem e não são
substituídas. Às vezes, algumas proteínas também podem acumular-se nas células
nervosas e impedi-las de funcionar corretamente e a comunicação entre as células
nervosas pode ficar alterada. Para alguns cães, as mudanças em seu sistema
nervoso podem ser suficientemente grandes para causar alterações de
comportamento. A isto chamamos de disfunção cognitiva. De acordo com
pesquisa realizada pela Pfizer Pharmaceutical, fabricante do Anipryl - um
medicamento para tratar disfunção cognitiva canina, 62% dos cães com mais
de 10 anos de idade vão sentir pelo menos alguns dos sintomas desta disfunção,
que incluem: confusão ou desorientarão, inquietação (principalmente à
noite), perda total ou parcial do controle esfincteriano, decréscimo de
atenção, decréscimo de atividades, e até o não reconhecimento de
amigos caninos ou humanos.
Cães
idosos podem ter um decréscimo na sua capacidade de lidar com o stress e
isto também pode resultar em mudanças comportamentais. Ansiedade da separação,
agressão, irritabilidade, fobias (principalmente a barulhos) e crescente
vocalização podem aparecer ou tornarem-se mais agudas, em cães idosos. Vários
medicamentos combinados com técnicas amorosas de modificação
comportamental podem ajudar a resolver ou diminuir alguns destes problemas.
Uma
vez que os cães mais velhos não administram bem o stress, adotar um novo
filhote quando seu cão começa a mostrar estes sinais de idade, pode não
ser uma boa idéia. É importante lembrar que se necessário, devemos trazer
o novo filhote quando o cão mais idoso ainda tem plena mobilidade (pode se
afastar do filhote caso este o incomode), esteja sem dor (um cão com dor
torna-se impaciente e pode mostrar-se agressivo se o filhote o incomodar),
quando o cão mais velho não tem nenhuma disfunção cognitiva e ainda pode
ver e ouvir bem.
Aumento
da sensibilidade às mudanças de temperatura
À
medida em que os cães envelhecem, decresce sua habilidade de regular sua
temperatura corporal. Isto significa que eles estão menos aptos a
adaptar-se a mudanças na temperatura do ambiente em que vivem. Cães que
podiam agüentar temperaturas mais baixas, mais frio, quando jovens e ativos,
talvez não o façam ao envelhecer. Monitorar a temperatura ao redor do cão,
providenciando abrigo, roupas caninas, tapetes mais impermeáveis e fofos, e
proteção do vento e da umidade, enfim, fazendo os ajustes para criar um
ambiente confortável, ajudará seu cão a ter uma velhice mais agradável.
Assim como o cão idoso sofre com o frio, o calor excessivo o incomoda e o
deixa abatido e prosternado, diminuindo seu interesse pela comida ou por
alguma atividade. Mantê-lo na sombra, em lugar ventilado e fresco, mudar
sua água várias vezes por dia, e garantir seu descanso, também é necessário.
Diminuição
da audição
Alguns
cães, ao envelhecer, apresentam uma significativa redução na sua
capacidade auditiva. Uma perda pequena é difícil de avaliar em cães. Freqüentemente
a redução se torna severa antes que os donos percebam o problema. Os
primeiros sinais podem parecer agressividade mas na verdade o cão, não
percebendo que a pessoa se aproxima, pode ter um sobressalto ao ser tocado
e, instintivamente, reagir. Os donos podem também achar que o cão não
obedece mais aos comandos familiares mas na verdade o cão não mais os
escuta.
A
perda auditiva geralmente é irreversível, mas algumas mudanças na interação
com o cão podem ajudar a reduzir seus efeitos. Uma das razões de ensinar
sinais com as mãos para vários comandos (juntos com o som do comando)
enquanto eles são jovens, é que estes sinais manuais são úteis se o cão
desenvolve perdas auditivas significativas. O uso de luzes para sinalizar
alguns comandos (como piscar as luzes da varanda se você quer que o cão
entre, à noite) podem ser úteis, às vezes. Cães com perda auditiva
frequentemente podem sentir as vibrações, portanto bater palmas ou os pés
podem alertar o cão e avisá-lo de que seu dono quer comunicar-se com ele.
Mudanças
nos olhos e diminuição da visão
Muitos
cães desenvolvem uma doença nos olhos chamada de esclerose nuclear. Uma
característica desta doença é que a lente ocular aparece enevoada, apesar
de que os cães possam ainda enxergar normalmente. Os donos, com freqüência,
acreditam que o cão esteja com catarata (que de fato afeta a visão) quando
é apenas esclerose nuclear. A catarata é mais comum em cães idosos de
certas raças, assim como o glaucoma. Qualquer mudança súbita na visão ou
na aparência de um ou dos dois olhos é um sinal de emergência e um
veterinário deve ser contatado imediatamente. Exame oftalmológico faz
parte do check-up de rotina dos cães idosos.
Resumo
Os cães
mais velhos podem apresentar algumas mudanças nas funções de seus corpos.
Alguns apresentam mudanças mais pronunciadas do que outros pois estas mudanças
podem variar bastante. Alguns cachorros apresentam já algumas destas mudanças
antes de envelhecerem e, sabendo o que esperar, você pode ajudá-lo a
ajustar-se "se" e "quando" algumas destas mudanças
ocorrerem.
À
medida em que este envelhece, a saúde do cão precisa ser monitorada mais
atentamente. Não ignore a mudança na atividade e no comportamento de seu cão.
Muitas destas mudanças podem ser sinais de doenças sérias. Se você
estiver em dúvida, consulte seu veterinário e não deixe de levar seu
velho amigo canino para um check-up anual.
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Fonte:
Enciclopédia do Cão Royal Canin |